Segundo um recente relatório da Organização Mundial da Saúde, o acidente vascular cerebral (AVC) constitui a principal causa de mortes em todo o mundo, contabilizando mais de 17 milhões de óbitos em 2015.
Isso ocorre, em grande parte, por que os sinais de AVC podem variar desde ínfimos e discretos a mais característicos e perceptíveis. Um bom médico deve estar atento a todos esses sintomas a fim de permitir que o paciente seja atendido o quanto antes, evitando sequelas e priorizando sua qualidade de vida.
Confira, neste post, os 7 principais sinais de AVC que todo médico precisa saber e outras informações sobre o tema. Por fim, saiba como uma pós-graduação pode contribuir para a identificação acurada do problema. Boa leitura!
O acidente vascular cerebral (AVC) é um distúrbio crítico no sistema vascular, caracterizado por interromper a circulação sanguínea responsável por oxigenar e nutrir adequadamente o cérebro e outras estruturas do sistema nervoso.
Essa intermitência pode ocorrer tanto pela obstrução quanto pela ruptura de artérias e vasos sanguíneos. No primeiro caso, o AVC é chamado "isquêmico", enquanto que no segundo é dito como "hemorrágico".
O AVC também pode ser chamado de acidente vascular encefálico (AVE), nome mais apropriado em âmbito médico, considerando que a condição não afeta só o cérebro, mas também o cerebelo e o tronco cerebral.
O AVC pode apresentar alguns sinais de sua ocorrência e a atenção e a análise apurada de um médico preparado podem ser determinantes no momento de obter um diagnóstico preciso, possibilitando um tratamento adequado ao paciente.
Veja, a seguir, os 7 principais sinais de AVC de que todo médico precisa ter conhecimento:
Um dos sintomas característicos apresentados pelos pacientes que estão sofrendo um AVC é o déficit de força e resistência nos membros do corpo acompanhado de formigamentos.
A fraqueza aparece de maneira súbita e sem motivo claro. Geralmente, a falta de força e resistência acomete apenas um dos lados do corpo, variando desde episódios de paralisia leve até a perda total dos movimentos. Simultaneamente a esses sinais, podem surgir sensações de formigamento ou dormência.
O médico poderá efetuar um teste de maneira a comprovar a situação. Para tanto, o paciente deverá manter os braços esticados em ângulo de 90° em relação ao tronco. Se um dos braços começar a cair involuntariamente, a hipótese de AVC deve ser altamente considerada.
Um outro sintoma comum decorrente do AVC é a paralisia facial, em que o paciente perde metade dos movimentos do seu rosto.
Seguido disso, há uma assimetria facial característica. Ela ocorre porque a boca do indivíduo afetado tende a desviar-se para o lado oposto da paralisia, fato que deixa a comissura labial mais proeminente nesse sentido da face.
Além disso, a assimetria facial impossibilita que o paciente efetue simples atos como assobiar ou sorrir, fatores que também devem ser levados em conta pelo médico.
Os pacientes que estão sob suspeita de AVC comumente apresentam dificuldades e alterações na fala — que podem ser do tipo afasia ou disartria.
A afasia ocorre quando o indivíduo não consegue nomear objetos, cores, pessoas ou situações. Muitas vezes, ele até possui consciência e identifica algo, mas não sabe como expressar seu pensamento por meio da linguagem verbal, o que torna a conversa confusa e sem sentido.
Já a disartria caracteriza-se pela dificuldade em articular palavras. O indivíduo consegue identificar um objeto, por exemplo, mas não é capaz de falar adequadamente, pois seu sistema nervoso está funcionalmente prejudicado.
A confusão mental ocorre porque o paciente encontra-se debilitado neurologicamente. A oxigenação inadequada dos tecidos cerebrais dificulta o funcionamento do sistema cognitivo, assim como noções de raciocínio e de memória também são acometidos.
Dessa forma, o indivíduo pode ficar desorientado, confundindo familiares, a data e o local onde se encontra.
A cefaleia caracteriza um problema que afeta grande parte das pessoas, mesmo aquelas saudáveis. Portanto, para um médico, é imprescindível que se leve em consideração a associação com outros sinais e sintomas.
Dessa forma, a dor de cabeça por si só não indica um sinal de AVC. No entanto, quando ela aparece de forma súbita e acompanhada de perda de visão, vômitos ou confusão mental, a cefaleia não pode ser desconsiderada, visto que pode ser indício de desregulações neurológicas e no sistema nervoso.
A convulsão caracteriza um estado anormal do cérebro, manifestando-se pela falta de sincronia nas atividades neuronais e resultando em episódios de intensa agitação e descoordenação motora.
Quando o cérebro está mal oxigenado, como em um AVC, o organismo pode entrar em um estado de desordem, desencadeando crises convulsivas críticas. O médico deve ficar sempre de prontidão para evitar sequelas irreversíveis.
Um ponto importante a frisar é a importância na identificação de fatores de risco pelo médico. Isso acontece porque sinais de AVC que podem se manifestar costumam ser originados de um fator de risco, e é imprescindível que toda a situação do paciente esteja clara em seu devido prontuário.
Entre os fatores de risco que podem causar o AVC e que o médico precisa observar atentamente, destacam-se: sedentarismo, obesidade, distúrbios do sono, tabagismo, diabetes, hipertensão, dislipidemia, histórico de AVC na família e uso de drogas.
O curso de pós-graduação em neurologia oferece por meio de métodos teóricos e práticos os melhores recursos para a obtenção de um conhecimento de qualidade voltado para a identificação e tratamento de doenças neurológicas, incluindo aquelas de caráter cerebrovascular, como o AVC.
Dessa maneira, o médico com pós-graduação terá mais segurança e aptidão para a concretização de um diagnóstico apurado e assertivo, facilitando nos cuidados em relação ao paciente e permitindo que ele tenha uma boa qualidade de vida ao vencer esse problema.
Os sinais de AVC que todo médico precisa saber são mais facilmente identificáveis depois de se obter o conhecimento a respeito de como ele se manifestam. Porém, sempre deve-se considerar a associação dos sintomas para a obtenção de um diagnóstico correto.
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