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A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma entre várias reações adversas a alimentos que acometem os seres humanos e que envolve o sistema imunológico, mediada principalmente pela imunoglobulina E (IgE) ou relacionada a outros mecanismos desse sistema. O leite de vaca é um dos principais alérgenos que afeta a saúde das crianças. Entre 1% e 3% dos bebês nascem com esse tipo de alergia, mas a maioria consegue superá-la na fase adolescente. A causa da alergia ao leite está ligada a uma das frações proteicas do leite de vaca, a betalactoglobulina, ausente no leite materno. O consumo constante de leite ou derivados induz a betalactoglobulina a uma sensibilização pelo corpo. É importante não confundir alergia ao leite com intolerância à lactose.
A alergia ao leite pode causar uma série de reações no paciente. São eles:
Em casos mais graves a alergia pode levar a uma anafilaxia.
Uma das melhores formas de diagnosticar a alergia à proteína do leite é a exclusão do consumo por um período de 14 dias. No caso dos bebês em fase de aleitamento, é necessário que a mãe deixe de consumir o alimento ou derivados. Após esse período, deve haver uma re-exposição ao leite. Se houver melhora com a retirada e exacerbação dos sintomas com a re-exposição, o diagnóstico de alergia está confirmado. Durante a avaliação de pacientes com suspeita de alergia é importante questionar se houve, ainda no berçário, administração de leite por mamadeira. Outros dados, como tempo de aleitamento materno, presença de outras alergias e algum tipo de atividade física após refeição são informações úteis ao diagnóstico.
Quando confirmada a alergia do paciente a orientação principal é excluir leite da dieta, bem como de todos os seus derivados. Como o leite é um alimento importante para a saúde da criança, é fundamental a escolha de um substituto equivalente. Não há hoje um tratamento específico que não seja a exclusão de alimentos com leite. Nem mesmo bebidas à base de leite de cabra ou outros animais podem ser indicados. Bebidas à base de soja podem ser recomendadas apenas após os 6 primeiros meses de vida. Você já tratou uma criança com alergia ao leite de vaca?
