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Quem imaginaria, no início de 2020, que uma pandemia de dimensão global transformaria completamente nossa realidade, hábitos e a forma como encaramos a saúde coletiva?
As mudanças promovidas pela Covid-19 no âmbito da saúde ainda estão sendo devidamente estudadas, mas alguns resultados já aparecem na academia e na pesquisa científica.
Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PR) aponta que a pandemia fez aumentar casos de obesidade, sedentarismo e descontrole do diabetes no Paraná.
Os dados mostram que 90% dos pacientes estão mais sedentários. Outros 82,2% disseram que também sentiram que ganharam peso durante o período de medidas restritivas por conta da Covid-19. Essas mudanças nos hábitos e no corpo teriam sido ocasionadas pelo medo de exposição ao vírus, afirmam os responsáveis pela pesquisa.
Muitas pessoas deixaram de praticar exercícios, frequentar academias e passaram a ficar muito mais tempo em casa. Além disso, muitos pacientes deixaram de procurar auxílio para outras doenças.
O tema despertou tanto interesse da comunidade médica que foi tópico de destaque no Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (e-CBAEM 2021). No evento, a obesidade foi apresentada como um fator de risco comprovado para complicações do novo Coronavírus e, consequentemente, internações e morte, principalmente entre pessoas mais jovens.
De acordo com os dados apresentados no Congresso Brasileiro de Endocrinologia, de 2003 a 2019 houve um aumento de 30% do sobrepeso e 67% da obesidade. Quadro teve piora durante a pandemia da Covid-19.
Pesquisas e congressos acadêmicos estão chamando a atenção para a importância de levar a pandemia crônica de obesidade e diabetes mais a sério daqui para a frente, o que coloca a Endocrinologia no centro das atenções entre as áreas médicas no pós-Covid.
Entenda melhor como a obesidade impacta a saúde de indivíduos e tem influência sobre a saúde coletiva no e-book gratuito produzido pelo time IPEMED.
A Endocrinologia é a especialidade médica responsável pelo estudo das glândulas endócrinas e atenção em saúde aos pacientes com doenças relacionadas ao sistema endócrino, como a obesidade, diabetes, doenças da tireoide, desordens da glândula hipófise, distúrbios da menstruação, entre outras.
No Brasil, há duas formas de atuar nessa especialidade: pela residência médica na área e também por meio de uma pós-graduação médica em Endocrinologia. O aluno pode ainda prestar uma prova de título de especialista na entidade da área.
