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Infecções sexualmente transmissíveis na adolescência (ISTs)

22/3/2022
HomeBlogInfecções sexualmente transmissíveis na adolescência (ISTs)

A adolescência (10 a 19 anos, de acordo com a OMS) é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta.

Caracteriza-se por alterações aos níveis físico, psíquico e social. No Brasil, representa 17,9% da população. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que a população mundial é composta por 1,2 bilhão de adolescentes – ou seja, uma em cada seis pessoas no mundo tem idade entre 10 e 19 anos. A maior parte desse grupo vive uma vida saudável, mas ainda existem registros substanciais de casos de mortes prematuras, doenças e lesões entre os adolescentes.

Um conjunto de práticas classificadas como comportamentos de risco – tais como sexo sem proteção, consumo de álcool e outras drogas e a exposição a violência – ganham notoriedade nessa faixa etária, com responsabilidade de todos em relação a atender esse grupo vulnerável.

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Quais são as ISTs mais comuns nos adolescentes

Em 2016, a OMS passou a recomendar o uso do termo “infecções” em vez de “doenças” sexualmente transmissíveis, uma vez que ter uma doença implica em sintomas e sinais perceptíveis, o que muitas infecções não têm nas fases iniciais ou mesmo por anos. Mas o termo DST ainda é utilizado pelos programas de atenção à saúde.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Qualquer pessoa pode adquirir uma IST. Prevenir-se, buscar serviço de saúde e fazer o tratamento adequado são as medidas indicadas. As principais ISTs são: Sífilis, Herpes simples, Cancro mole, HPV, Linfogranuloma venéreo, Gonorreia, Tricomoníase, Hepatite B e C e HIV.

Como o tratamento e programas são específicos na Sífilis congênita, Hepatite, HIV  não serão abordados aqui. A notificação não obrigatória de todas as ISTs limita os  dados epidemiológicos. É estimado que 1 a cada 4 mulheres adolescentes tem uma IST, sendo as mais frequentes a infecção pela bactéria Chlamydia trachomatis e a infecção pelo vírus HPV (papilomavirus humano).

Os adolescentes correm um risco único de sofrer ISTs, tanto na perspectiva comportamental quanto na biológica. Em relação ao comportamental, é mais provável que os adolescentes se envolvam em comportamentos sexuais de alto risco, como parceiros concorrentes ou sexo sem camisinha. Em relação à biologia do aparelho genital, as adolescentes mulheres diferem das mulheres adultas. As ISTs podem causar vários problemas de saúde se não tratadas precocemente. A gonorreia e a tricomoníase podem causar, além de outros agravos, infertilidade. Certos tipos de HPV podem desencadear o câncer. A sífilis não tratada pode evoluir para as fases tardias com complicações cardíacas e neurológicas. O vírus do herpes tem recidivas, mesmo com tratamento. As ISTs também aumentam a susceptibilidade à infecção pelo HIV.

Adolescentes com falta de moradia, drogadição e infratores representam populações adicionais de alto risco. De maneira mais ampla, experiências adversas na infância, como abuso sexual ou encarceramento dos pais, estão associadas ao aumento do risco de IST na adolescência.

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Diagnóstico e prevenção

A triagem das DST/Aids é oferecida por livre demanda pelos serviços públicos com teste rápido para Sífilis, HIV e Hepatite. O exame anual ginecológico para mulheres adolescentes com vida sexual ativa é aconselhável. Os tratamentos são oferecidos em serviços especializados em diversos municípios ou na atenção básica. Para evitar a expansão do vírus no país, desde 2014, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o HPV no SUS para: meninas com idade entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos; pessoas portadoras de AIDS, e também aquelas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.

A oferta de preservativos é uma realidade no Brasil e o programa DST/Aids é uma referência mundial no combate às DST/Aids. As vacinas candidatas ao Herpes simples e Tricomoníase estão em ensaios clínicos, enquanto as vacinas contra gonorreia e sífilis ainda estão em desenvolvimento pré-clínico.

Na minha opinião, a promoção de aulas, realizadas por profissionais de saúde, nessa faixa etária, como grade curricular nas escolas, facilitaria o entendimento e relacionamento profissional/adolescente. Políticas que facilitem o acesso do adolescente ao serviço de saúde são a melhor maneira de prevenir as DST e suas complicações.

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‍Texto escrito por:

‍Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim

Coordenadora e professora do curso de pós-graduação em Dermatologia da IPEMED/AFYAREFERÊNCIAS

  1. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542010000300020
  2. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5482:opas-oms-e-ministerio-da-saude-lancam-publicacao-sobre-saude-e-sexualidade-de-adolescentes&Itemid=820
  3. file:///Users/fatimaamorim/Downloads/boletim_sifilis_2019_internet.pdf
  4. http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist#:~:text=A%20terminologia%20Infec%C3%A7%C3%B5es%20Sexualmente%20Transmiss%C3%ADveis,mesmo%20sem%20sinais%20e%20sintomas.
  5. Shannon, C. L., & Klausner, J. D. (2018). The growing epidemic of sexually transmitted infections in adolescents. Current Opinion in Pediatrics, 30(1), 137–143. doi:10.1097/mop.0000000000000578

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