Nunca se falou tanto em promoção da saúde como agora. E, nesse sentido, a Medicina Preventiva e Estilo de Vida ocupa papel fundamental para evitar a instalação de doenças, favorecer a qualidade de vida e a longevidade e, paralelamente, minimizar os impactos no que diz respeito à sustentabilidade da saúde.
Segundo o livro “Contas de Saúde na Perspectiva da Contabilidade Internacional: Conta SHA para o Brasil, 2015-2019”, em que constam dados levantados pelo Consórcio de Contas, formado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde, no período, os gastos per capita com saúde sofreram elevação de 29,3%, passando de R$ 531, 8 bilhões para R$ 710, 4 bilhões – considerando-se a saúde pública e privada do país.
Ainda, fortalecendo o argumento da insustentabilidade do modelo de saúde, o estudo indica que grande parte desse montante é destinado na atenção curativa, modelo no qual o Brasil está focado. De acordo com o documento, a atenção curativa representou quase metade dos gastos com saúde (49,3%), seguida por gastos com medicamentos e artigos médicos (20,5%) e exames complementares (11,3%).
Indo na contramão desse modelo, surge a Medicina Preventiva, que, conforme o próprio nome diz, tem foco em evitar que a doença ocorra. Contudo, o modelo de tratamento depende muito do próprio paciente, que passa a ser visto como o centro de todo o cuidado e ter papel fundamental no que é chamado de estilo de vida.
O conceito por trás da Medicina Preventiva está em proteger, promover e manter a saúde e o bem-estar do paciente. Para isso, o profissional da saúde que se dedica a especializar-se nela passa a se concentrar no paciente de uma maneira multifatorial, deixando-se de focar apenas na queixa que leva aquele indivíduo até o consultório, mas observando os diversos aspectos da vida dele. Com isso, busca-se compreender como as dimensões socioeconômicas e contextos diversos exercem influência sobre a saúde daquele paciente e orientá-lo a tomar medidas que possam evitar o desenvolvimento de doenças, sobretudo as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), esse tipo de doença, nas quais se incluem doenças cardíacas, câncer, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), acidente vascular cerebral (AVC) e lesões não intencionais estão entre as cinco principais causas de morte nos Estados Unidos. No Brasil, em 2019, as DCNT foram responsáveis por 54,7% dos óbitos registrados, segundo o Ministério da Saúde.
Um dos principais aspectos práticos da Medicina Preventiva e Estilo de Vida é determinar os fatores de risco e, para isso, alguns cuidados são observados. Entre eles:
A partir daí, o profissional traçará um plano individualizado de prevenção em saúde para o paciente, que poderá ser focado em:
Agora que a importância da Medicina foi contextualizada, chegou o momento de trazer ainda mais razões para que você pense em uma especialização na área.
Gostou deste artigo? Compartilhe com outros colegas. E se você tem interesse em outros assuntos relacionados a este tema, aproveite para conhecer nossa Pós-graduação em Medicina Preventiva e Estilo de Vida.
Leia também: Pesquisa aponta que cursar uma Pós-Graduação Médica pode resultar em aumento salarial de mais de R$ 5 mil
All rights reserved. Copyright © 2022 | Afya Educacional | Pedido do Titular | Política de Privacidade