Online há poucos minutos
Atendimento Ipemed
Atendimento Ipemed
Olá, como posso te ajudar hoje?
Começar uma conversa
Cursos
Graduação
Pós-Graduação
Pós-Graduação Ouro
Pós-Graduação Online
Fellow
Aperfeiçoamento
Complementares
Aprimoramento
Atualização
Cursos Livres
Workshops
Todos os cursos
Atendimento
Sobre os cursos
Agendar consulta
Sou aluno
Blog
Unidades
Belo Horizonte - MG
Brasília - DF
Fortaleza - CE
Goiânia - GO
Manaus - AM
Montes Claros - MG
Porto Alegre - RS
Recife - PE
Rio de Janeiro - RJ
Salvador - BA
São Paulo - SP
Vitória - ES
Fale com um consultor

Você sabe identificar os tipos de afasia?

9/6/2022
HomeBlogVocê sabe identificar os tipos de afasia?

Recentemente a divulgação da aposentadoria do ator norte-americano Bruce Willis devido ao diagnóstico de afasia trouxe um enfoque para essa condição de saúde ainda pouco conhecida entre muitos.  

A afasia é um distúrbio de linguagem, podendo ser resultado de lesões em regiões perissilvianas do hemisfério dominante. Cerca de 90 a 95% da população é destra. O hemisfério cerebral esquerdo é o dominante para linguagem em 99% dos destros e em 60 a 70% dos canhotos. Há diversas etiologias responsáveis por causar a afasia. Geralmente, estão relacionadas a causas como AVC ou neoplasias.

‍

A linguagem é uma forma de expressar pensamentos através de um sistema de símbolos, dentre eles, a fala, a escrita e a gesticulação. Os pacientes que possuem diagnóstico de afasia possuem um grande impacto nas suas atividades diárias, visto que a comunicação entre eles e o ambiente que os acercam está prejudicada.

Como se classifica a afasia?

‍

A classificação é heterogênea, visto que é resultado de uma combinação de diversos componentes característicos da linguagem, como: fluência verbal, compreensão, nomeação, repetição, leitura e escrita. Logo, sua manifestação clínica é variável, as principais síndromes de afasia estão explicitadas na tabela 1:

‍

Tabela adaptada do livro DeJong’s the neurologic examination, 2005.

‍

É importante ressaltar que há um grupo de doenças neurodegenerativas conhecidas por ter a afasia como manifestação clínica inicial e predominante, ocorrendo mesmo na ausência relativa de comprometimento cognitivo, comportamental ou motor. Esse grupo é denominado de afasias primárias progressivas (APP).  

As afasias progressivas primárias se referem a um grupo raro de demência neurodegenerativa, que geralmente se desenvolve em indivíduos abaixo de 65 anos.  

Os critérios diagnósticos para APP estão esclarecidos abaixo:

‍

‍

As manifestações clínicas das APP não seguem o padrão clássico de classificação das afasias já citados na Tabela 1, mas sim por algumas características singulares.

Esse grupo de doenças apresenta 3 variantes principais:

 

Afasia Progressiva Primária – Variante Logopênica

‍

Indivíduos com essa forma de afasia apresentam fluência, repetição e gramatismo preservados, embora o discurso seja vago e marcado por circunvoluções. Há comprometimento na compreensão de palavras simples e em nomeação. A etiologia mais comum dessa variante é Doença de Alzheimer.

‍

Afasia Progressiva Primária – Variante Semântica  

‍

Indivíduos com essa forma de afasia apresentam discurso fluente, marcado por parafasias e circunvoluções nas frases. Há uma importante interferência na compreensão de palavras simples. Dislexia e disgrafia de superfície são características marcantes. A etiologia mais comumente associada é referente à patologia TDP.

‍

Afasia Progressiva Primária – Variante Agramática  

‍

Indivíduos com essa forma de afasia apresentam discurso não fluente, sendo observada características marcantes como agramatismo e apraxia de fala. Uma das etiologias mais comuns é a patologia associada à proteína tau.

O tratamento geral das afasias, sendo ou não neurodegenerativas, está baseado em terapia fonoaudiológica. A terapia de fala consiste em:

 

- Auxiliar a armazenar o máximo de fala e linguagem possível;

- Estimular atividade e participação no ato de comunicação;

- Encontrar caminhos alternativos de comunicação;

- Providenciar informações sobre afasia tanto ao paciente como familiares, amigos e cuidadores.

‍

Autor(a):

Danielle Calil

Médica formada pela Universidade Federal Fluminense em 2016. ⦁ Neurologista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2020. ⦁ Fellow em Anormalidades do Movimento e Neurologia Cognitiva pelo Hospital das Clínicas da UFMG em 2021. ⦁ Atualmente, compõe o corpo clínico como neurologista de clínicas e hospitais em Belo Horizonte como o Centro de Especialidades Médicas da Prefeitura de Belo Horizonte, Hospital Materdei Santo Agostinho e Hospital Vila da Serra.

‍

Gostou desse conteúdo? O PEBMED é o maior portal de atualização em Medicina no Brasil. Inscreva-se no site sem pagar nada por isso e receba tudo em primeira mão, na sua caixa de e-mail.

‍

‍

PEBMED

Nossos e-books!

Baixe o ebook

Você talvez se interesse por

Clique aqui para ver todos os posts
O futuro na carreira de neurologia
Especialista IPEMED fala sobre redução da desigualdade médica no Brasil
Dicas para montar um consultório de Dermatologia
Como atender pacientes LGBTQIAP+ de forma humanizada e atenta?
Falar com um consultor
Sobre a ipemed
Sobre NósCoordenadoresCertificaçãoResponsabilidade SocialAcessibilidadeTrabalhe Conosco
alunos
Área do AlunoDiploma DigitalEditaisFAQOuvidoriaRegulamentos

All rights reserved. Copyright © 2022 | Afya Educacional | Pedido do Titular | Política de Privacidade